O Senado instalou nesta quarta-feira (8) a Frente Parlamentar da Economia do Mar - Setor Náutico. O senador Esperidião Amin (PP-SC) assumiu a presidência da frente.
Instituída pela Resolução 15/2025 , a frente é inicialmente composta por 54 titulares: 31 senadores e 23 deputados federais.
Durante a instalação, Esperidião Amin destacou que o objetivo do grupo é apoiar o desenvolvimento da infraestrutura portuária, fortalecer a indústria do setor e fomentar o turismo náutico. Ele ressaltou que o território marítimo brasileiro contém um potencial que tem sido pouco aproveitado.
— O Brasil dispõe de uma costa com mais de 7,4 mil km de extensão. Se multiplicarmos isso pelas 200 milhas de mar territorial e, no mínimo, outro tanto de interesse econômico, nós temos um continente maior que o Brasil — declarou.
O senador Fernando Dueire (MDB-PE) destacou que a chamada "Amazônia Azul", o território marítimo sob jurisdição do país, possui cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados.
— A economia azul responde por 7% do PIB brasileiro e 5% dos empregos formais. Ela movimenta R$ 2 trilhões por ano no Brasil, envolvendo pesca, exploração de petróleo e gás, transporte marítimo e turismo — salientou.
Representando a Marinha do Brasil, o almirante de esquadra Arthur Bettega disse, durante a instalação, que a criação dessa frente é um marco para o desenvolvimento do país.
— Temos a plena convicção de que a economia do mar é um vetor essencial para o desenvolvimento nacional, pois o futuro do Brasil está no mar ou dele depende — enfatizou.
Para Leandro Ferrari, presidente da Associação Náutica Brasileira, a frente representa um "reconhecimento histórico" que tira o setor náutico da categoria de luxo. Segundo ele, o setor gera mais de 400 mil empregos diretos e indiretos apenas em Santa Catarina.
— É o único setor que integra e movimenta todas as cadeias econômicas do turismo, da hotelaria à gastronomia — argumentou.
Lúrya Rocha, sob supervisão de Augusto Castro
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