Cultura

Exposição da prefeitura destaca cultura indígena na rede municipal de educação

Com o tema “Saberes, Culturas, Artes e Tradições”, a Prefeitura de Manaus realizou, nesta quarta-feira, 31/5, a 3ª Exposição de Educação Escolar Indígena da Secretaria Municipal de Educação (Semed). O evento, aberto ao público, aconteceu no hall da Semed, na avenida Maceió, no bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul.

A exposição é uma ação do Departamento de Gestão Educacional (DGE) e Gerência de Educação Escolar Indígena (GEEI) e cumpre a meta 95, do Plano de Governo Municipal, que tem o objetivo de estimular a educação financeira, nos anos iniciais, como estratégia fundamental do desenvolvimento econômico, do empreendedorismo, da geração de renda e da empregabilidade.

A secretária de Educação, professora Dulce Almeida, visitou todos os estandes e conheceu o que é produzido pelas escolas indígenas e nos Espaços de Estudo da Língua Materna.

“Eu fiquei muito feliz com o que eu vi nos estandes, pude falar com todos os professores das escolas e dos espaços. Conheci o trabalho dos professores que pesquisam textos na língua materna e dentro da sala traduzem para a língua portuguesa e com isso atendem o componente curricular da Semed. A ação, que a rede municipal desenvolve na Educação Indígena, é gigante e tem todo o apoio e valorização do prefeito David Almeida”, parabenizou a chefe da pasta.

O título da exposição faz referência aos princípios da educação escolar indígena, e ao mesmo tempo reafirma o que prevê na Lei Orgânica Municipal de Manaus/2008, no Art. 332, a qual garante o pleno exercício dos direitos culturais e facilita o acesso às diversas fontes de cultura e incentiva à valorização e à difusão das expressões culturais, destacando as indígenas.

“Com essa atividade, toda a sociedade pode conhecer como a rede municipal trabalha e valoriza a educação indígena. Nas escolas, a gente desenvolve os conteúdos pedagógicos regulares e abordamos temas que valorizam a cultura indígena. Esse evento apresenta o que é desenvolvido nas comunidades com produção de artesanatos, de remédios com plantas medicinais, grafismo, roupas, entre tantos outros materiais que fazem parte da cultura deles”, explicou a gerente da GEI, Eneida Barbosa.

Durante a exposição, foram realizadas vendas de produtos da gastronomia indígena, artesanatos, confecções, utensílios domésticos e outros cultivados nas escolas e nos espaços educativos indígenas, além de danças e músicas tradicionais. O evento contou com a participação das quatro escolas indígenas municipais Kanata T-Ykua, Puranga Pisasú, Arú Waimi, Kunyatá Putira e ainda dos Espaços de Estudos da Língua Materna e Conhecimentos Tradicionais Indígenas atendidos pela GEEI.

Para o aluno Daniel Dias, da escola Kanata T-Ykua, é muito importante estudar conteúdos regulares, mas também ter conhecimento da língua materna e que os colegas também conheçam a cultura indígena.

“Na minha escola a gente estuda tudo o que qualquer outra escola ensina, mas também aprendemos sobre a minha língua materna e assim os meus colegas também podem aprender mais sobre a nossa cultura”, disse o estudante.