Foto: Arquivo/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
Com o objetivo de fortalecer e difundir o Carnaval na Floresta, o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, realiza o Seminário “Carnaval na Floresta 2026”, nos dias 23 e 24 de setembro, no auditório do Palacete Provincial, Centro, zona sul de Manaus, das 8h às 17h.
O evento visa analisar os desfiles das escolas de samba de 2025 e planejar, de forma colaborativa, o Carnaval de 2026, promovendo o diálogo entre o poder público, as agremiações carnavalescas e a sociedade civil.
O seminário tem como foco principal o fortalecimento da relação entre as agremiações e o poder público, promovendo um espaço de escuta ativa, colaboração e construção coletiva. O encontro também busca garantir transparência nas responsabilidades de cada órgão envolvido na organização do Carnaval.
Além da participação dos 35 representantes das agremiações, o seminário contará com a presença de diversos órgãos públicos e será aberto à sociedade civil.
Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Caio André, o seminário consolida um novo momento para o Carnaval de Manaus. “O Carnaval na Floresta é um patrimônio cultural do Amazonas e precisa ser tratado com planejamento, responsabilidade e diálogo. Este seminário é um marco porque reúne todos os envolvidos para pensar juntos o futuro da festa, garantindo transparência, organização e respeito às nossas tradições”, afirmou.
De acordo com o representante da Liga Independente das Escolas de Samba do Amazonas (LIESA), Roberto Simonetti, o diálogo entre o poder público e as escolas de samba é fundamental para garantir que o Carnaval na Floresta seja forte, inclusivo e representativo, para que a festa cresça de forma sustentável e com o devido reconhecimento.
Segundo ele, o seminário cumpre exatamente esse papel. Ouvir quem faz a festa e planejar juntos o futuro do nosso carnaval. “Não se trata apenas de festa, mas de patrimônio cultural e de uma cadeia produtiva que envolve milhares de trabalhadores. O seminário é uma oportunidade de pensar políticas públicas a longo prazo para esse setor, é hora de avaliar erros e acertos e projetar um Carnaval 2026 memorável”, destacou.
Para o presidente do Grupo de Acesso Oficial de Cultura Popular (GAO), Dudson Carvalho, o seminário também é uma oportunidade de apresentar resultados à sociedade, uma vez que as agremiações geram emprego e renda durante o período do Carnaval, movimentando assim a economia do Estado.
“É fundamental começarmos a tratar nossas escolas como o que elas são: empresas, que geram emprego e renda. Estamos numa fase de investimento cultural a nível nacional, e o Estado também vem fazendo sua parte, oferecendo condições para que as festas voltem a atrair seus públicos”, disse.
Temas abordados
No primeiro dia, um dos destaques do seminário será a elaboração do regimento interno do desfile das escolas de samba de Manaus. Também serão realizados dois painéis, sendo o primeiro tema a ser debatido sobre as ações e responsabilidades do poder público no Carnaval, como a Secretaria de Cultura, Secretaria de Segurança Pública (SSP), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Secretaria Estadual de Saúde (SES), além de órgãos de limpeza urbana e logística.
Também será realizado um debate aberto com os representantes das escolas, proporcionando um espaço para questionamentos e proposições diretas. O segundo momento será voltado para o debate da economia e turismo do Carnaval de Manaus, patrocínios, editais e leis de incentivo, além do turismo cultural e impacto econômico.
O primeiro dia também será voltado para analisar as estratégias de divulgação local e nacional, dando destaque para a criação do calendário para o Carnaval, bem como também a movimentação das comunidades para a escolha da Corte do Carnaval.
No segundo dia de seminário, será feita uma reflexão e construção coletiva das escolas de samba, propondo a criação de grupos de trabalho das escolas de samba, divididos em quatro grupos: especial, acesso A, acesso B e experimental. Cada grupo irá eleger um relator e um apresentador das propostas e o mediador será indicado pela Secretaria de Cultura.
Serão discutidos pontos fortes, dificuldades e sugestões de melhorias, o regulamento e os critérios de julgamento do Carnaval, discussão sobre enredos, fantasias, alegorias, harmonia e evolução. Também será feita oficinas de boas práticas, como gestão de barracões, captação de recursos, inovação, elaboração de projetos, portfólio e o uso das novas mídias.
Ao final do seminário, os representantes das escolas de samba e o Governo do Amazonas apresentarão a construção coletiva das propostas e encaminhamentos para o próximo Carnaval, além da elaboração do documento oficial com recomendações às agremiações e a definição de uma comissão de acompanhamento.
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