Cultura, criatividade, amor e muitas surpresas marcaram o início do 58° Festival Folclórico de Parintins nesta sexta-feira (27), na área do Bumbódromo. A festividade acontece no final de junho, nos dias 27, 28 e 29.
Os bois-bumbás Caprichoso e Garantido trouxeram para arena a garra e a vontade de ser campeão. A torcedora encarnada, Zilmar Carneiro, 59 anos, declarou seu amor na primeira noite de disputas. “Eu estou vendo o meu boi espetacular, trazendo a cultura ao povo, mostrando tudo o que ele prometeu. Nós amamos esse boi por tudo que ele representa para o nosso povo. Eu me sinto muito emocionada por estar prestigiando essa festa. Enquanto eu viver, eu vou prestigiar essa festa e essa cultura que eu amo tanto”, disse Zilmar.
O eletrotécnico de 50 anos e torcedor azulado, Ricardo Bastos, expressa seus desejos e expectativas. “A expectativa é o Caprichoso tetracampeão, porque no desenvolver desses anos todos, desde 2019 ninguém vê o boi Garantido como ele era antes. Ser caprichoso é ser plural sem perder a identidade. O folclore e estar sempre inovando”, conta.
Garantido
O boi-bumbá Garantido abriu a primeira noite com tema “Somos o Povo da Floresta”, exaltando o sentimento da nação vermelha e branca e as raízes dos povos originários. Foram 4 alegorias, 300 batuqueiros e 1500 brincantes participaram do espetáculo.
Sua apresentação foi dividida em 4 atos começando com a celebração folclórica, ao som da toada “Somos os povos da Floresta”. Em seguida ,a lenda amazônica “Tapyra’yawra”, figura típica regional “Povo Negro da Amazônia”, e por fim, o ritual indígena “Moyngo, a Iniciação Maragaeum”.
O presidente do bumbá vermelho, Fred Góes, expressa o sentimento de realização e avalia a apresentação: ”O Garantido apresentou um espetáculo na arena com um novo formato dinâmico e bem planejado, demonstrando que a produção deve ser organizada e precisa, sem espaços vazios. Por isso, cumprimos a duração planejada de duas horas e meia”.
Caprichoso
O boi-bumbá Caprichoso encerrou a primeira noite com o tema “Amyipaguana: Retomada pelas lutas”, trazendo a consciência e a valorização dos povos indígenas, raízes-brincadeiras e a ancestralidade. Foram 3 alegorias, 2 módulos alegóricos, 300 marujeiros e 1800 brincantes.
Dividido em 5 momentos, o bumbá começou sua exibição com a Lenda Amazônica, seguido da celebração indígena “Amyipaguana – Revolução Maracá”, figura típica regional “Majés, as Senhoras da Cura”, momento coreográfico “Raízes da Luta: Ancestralidade Yanomami” e finalizando com o ritual indígena “Ritual Tupinambá: A Retomada da Verdade Originária”.
O diretor de arena do touro preto, Edwan Oliveira, diz que o Caprichoso fecha a primeira noite com chave de ouro. “Foi um grande espetáculo que superou as expectativas do público, um trabalho árduo das equipes e artistas. Nós estamos muito felizes porque a reação da galera é essa, de alegria, de felicidade. Estamos satisfeitos com o impacto inicial e só gratidão a Nação Azul e Branca e vem mais surpresas nas próximas duas noites”, disse.
O 58° Festival Folclórico continua neste sábado (28), com a segunda noite de apresentações na arena do bumbódromo. O Boi Caprichoso abre a noitada e o Garantido encerra.
Texto: Jailson Amazonas - SECOM
Fotos: Caprichoso/Arleison- SECOM e Garantido/Glen Dinely - MANÁ PRODUÇÕES
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